27/02/10

Os primeiros dias em casa com o bebé

Quando regressámos a casa senti que a responsabilidade tinha aumentado, que agora antes de pensar em mim eu tinha de pensar na minha filha que dependia toltalmente de nós. No início foi um bocadinho assustador, mas eu não podia ir abaixo, tinha de arranjar forças.
No entanto, há uma altura em que o cansaço começou a tomar conta de mim. Apesar da Maria não chorar muito de noite, acordava para mamar de 2 em 2 horas e depois de dia eu não conseguia adormecer. Eu só pedia uma noite para descansar sem interrupções, mas ser mãe é uma tarefa a tempo inteiro e dedicação plena.
Houve dias em que pensei no quanto era difícil este meu novo papel, questionei algumas coisas e senti que estava a perder forças. Toda a gente à minha volta continuava a levar a sua vida normalmente e eu estava ali, a perceber que nada mais voltaria a ser como antes, que a minha vida tinha mudado. Eu penso que algumas mulheres também devem ter tido sentimentos parecidos com estes, isso não quer dizer que sejamos piores mães, isso apenas mostra que não é uma fase totalmente fácil para a mulher pois o pós-parto acho que nos deixa um bocadinho fragilizadas e o cansaço acumulado também não ajuda em nada.
Mas quando olhava para a Maria esses sentimentos eram ultrapassados e eu voltava a ganhar energia para cuidar dela, para lhe dar tudo, para ser uma boa mãe. E ela foi sem dúvida quem mais me ajudou e ao fim de um mês eu olhava para trás e só pensava que tinha valido a pena. A Maria fez-me descobrir um amor incondicional, puro, o mais verdadeiro de todos os sentimentos...

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